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Ergon Cugler de Moraes Silva é autista (nasc. 1998). Pesquisador com mais de 600 produções, entre artigos científicos e de opinião, entrevistas em veículos verificados e palestras no Brasil e no exterior. É autor de artigos presentes no Material Oficial das Escolas de São Paulo, no Manual Nacional do Professor e em provas de universidades e concursos públicos. Em 2022, foi citado pelo Anuário da Cause como um dos pesquisadores em tendência do ano. Em 2024, publicou o livro “IA-Cracia: Como enfrentar a ditadura das Big Techs”.
É Mestre em Administração Pública e Governo (FGV EAESP), MBA em Data Science Analytics (USP ESALQ), Bacharel em Gestão de Políticas Públicas (USP EACH) e Técnico em Mecatrônica (FORTEC). Atualmente está vinculado ao programa de pós-graduação em Data Science for Social and Business Analytics da Universitat de Barcelona. Em 2021, foi selecionado pela USP AUCANI para curso de pós-graduação em consórcio com a Universidad de Buenos Aires, Universidad Nacional Autónoma de México, Universitat de Barcelona e Universidad Complutense de Madrid. Pesquisa sobre desinformação, fake news e implementação de políticas públicas, com destaque às disputas (des)informacionais em meio aos trabalhadores de linha de frente. Tem também coordenado um esforço interinstitucional voltado para o acompanhamento de narrativas de teorias da conspiração em comunidades digitais, contando com uma das maiores bases da América Latina.
Academicamente, está vinculado ao Laboratório de Estudos sobre Desordem Informacional e Políticas Públicas (DesinfoPop/CEAPG/FGV) e tem passagens por grupos de pesquisa como o Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB/FGV EAESP), o Monitor do Debate Político no Meio Digital (CEBRAP/USP), o Observatório Interdisciplinar de Políticas Públicas (OIPP/USP), o Grupo de Estudos em Tecnologia e Inovações na Gestão Pública (GETIP/USP), o Grupo de Trabalho em Estratégia, Dados e Soberania do Grupo de Estudos e Pesquisa em Segurança Internacional (GEPSI/UNB) e o Oxford COVID-19 Government Response Tracker (OxCGRT), da Blavatnik School of Government, Oxford University. Na FGV, ingressou como Pesquisador Bolsista CNPq, sob orientação da Professora Gabriela Spanghero Lotta. Na USP, foi Pesquisador Bolsista orientado pelo Professor José Carlos Vaz, co-coordenando, com Pamela Quevedo Joia Duarte da Costa, diversos projetos de extensão-pesquisação, resultando em mais de 120 subprodutos publicados.
Desde 2024, atua como Head de Ciência de Dados no escritório brasileiro da More in Common, organização global com foco em enfrentar a polarização afetiva. Atuou ainda como pesquisador no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), colaborando diretamente com o Programa Saúde com Ciência e integrando a Câmara Técnica de Comunicação do Comitê de Enfrentamento à Desinformação sobre o Plano Nacional de Imunizações. No 1 setor, atuou na Prefeitura de São Paulo com a Agenda Municipal 2030. No 2, integrou mais de 50 consultorias envolvendo desde data science até políticas públicas para mandatos executivos, parlamentares, campanhas, estatais e organizações no Brasil e no exterior. No 3 setor, foi dirigente estudantil, colaborando com o Plano Estadual de Educação e o Estatuto da Juventude, além de diversas atividades e mobilizações ao longo de anos.
Em 2015, foi eleito para o Parlamento Jovem Brasileiro (Institucional da Câmara dos Deputados), sendo autor do Projeto de Lei do “Pacotaço AntiCorrupção”. Em 2017, integrou a delegação da América Latina no Fórum Internacional da Juventude, em Sochi. Atuou no Rotary, sendo Secretário Distrital do Interact no 4420 (2015-16) e presidindo a Comissão Nacional de Parcerias Institucionais da Interact Brasil (2016-17). Em 2021, foi selecionado para representar o Brasil no International Forum of Civil Participation, em Moscou, e em 2022, foi nomeado Embaixador de Inovação Cívica da Open Knowledge Brasil (OKBR). Compõe também a Coalizão Direitos na Rede (CDR), a Sala de Articulação contra a Desinformação (SAD) e a Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD), representando o Centro de Estudos de Mídias Alternativas Barão de Itararé.
Aos 14 anos se aproximou do movimento estudantil e educacional, sendo eleito presidente do Grêmio Estudantil em sua escola e compondo, após, a Diretoria da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES).
Aos 16 anos foi selecionado pelo programa institucional Parlamento Jovem Brasileiro (PJB) como Deputado Jovem, apresentando o “Pacotaço Anti-Corrupção” na Câmara dos Deputados, em Brasília, uma proposta para reverter recursos recuperados de atos de corrupção para investimentos em Educação, Saúde e ações sociais.
Aos 18 anos foi eleito Diretor da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE), compondo mais adiante a delegação brasileira em Sochi (Rússia), na representação da América Latina no XIX Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes.
Aos 20 anos, enquanto pesquisador da USP, co-coordenou e monitorou mais de 60 graduandos ao longo de diversos projetos de pesquisa e extensão universitária, resultando em mais de 120 materiais e subprodutos elaborados coletivamente.
Aos 22 anos, tendo atuado em diversas pesquisas e prestando consultorias, residiu no exterior, em La Paz (Bolívia), em meio à demandas profissionais e retornou à Moscou (Rússia), dessa vez representando o Brasil no International Forum of Civil Participation.
Aos 24 anos, enquanto pesquisador CNPq da FGV, defendeu a Dissertação de Mestrado “Desinformação em nível de rua: como Agentes Comunitários de Saúde lidam com hesitação vacinal dos cidadãos”. Residiu no exterior, em Buenos Aires (Argentina), em meio à demandas acadêmicas, tendo publicado em eventos científicos internacionais como no 27th World Congress of Political Science (IPSA) e na International Conference on Theory and Practice of Electronic Governance 2023 (ONU-EGov).
Aos 26 anos, enquanto pesquisador do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), contribuiu com a estratégia nacional de enfrentamento à desinformação, por meio do Comitê Saúde com Ciência, na Câmara Técnica de Estratégias de Comunicação do Comitê de Enfrentamento da Desinformação sobre o Plano Nacional de Imunizações e as Políticas de Saúde Pública. As ações foram desde responsabilização de crimes virtuais, até a viabilização para a formação de 400 mil profissionais da saúde para o enfrentamento à desinformação, previsto no indicador 10595, do objetivo específico 0451, do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027. Em seguida, se associou ao Laboratório de Estudos sobre Desordem Informacional e Políticas Públicas (DesinfoPop/CEAPG/FGV), onde pôde coordenar estudos diversos.
Já compartilhei da realidade em que vivem milhões de brasileiros, a da fome. Somada à realidade em que vivem outros tantos milhares, a de ficar sem lar por ser Lgbt. Após precisar morar de favor, passar fome pra valer em São Paulo e precisar até pedir moeda em metrô para assistir às aulas da USP, me recordo de ficar alegre ao conseguir meu primeiro estágio na Prefeitura Paulistana e receber R$690,00 por mês durante dois anos completos.
Em meio às dificuldades, ter uma oportunidade de estágio foi um primeiro passo que a Universidade Pública me proporcionou, mas foi o Restaurante Universitário que garantiu que eu tivesse as três refeições no dia. Sem contar o Auxílio-Permanência, o Passe Livre Estudantil e o Programa Unificado de Bolsas de Pesquisa que me viabilizaram não evadir em meio a tantos custos de viver na Capital. Fui fruto de políticas públicas de permanência estudantil e aos poucos fui me posicionando, buscando melhores oportunidades e transformando a minha realidade. E o mais importante, nunca mais passei fome.
Sou testemunha de como a educação pode literalmente colocar comida no nosso prato e pode nos dar dignidade. É a oportunidade de mudar a vida, tanto a minha quanto a dos meus iguais. E por isso tenho tanta necessidade seguir diariamente buscando a sociedade que sonhamos, seja qual fôlego custar, pois essa é a chance que temos de virar o jogo.
Estamos só começando.